IFSC Promove Reunião Ampliada Sobre O Future-se
- Dara Eluf Maia
- 12 de set. de 2019
- 2 min de leitura

Dia 05 de setembro, quinta-feira, foi realizada no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), campus de Florianópolis, uma reunião ampliada nos turnos matutino, vespertino e noturno sobre o Programa Institutos e Universidades Empreendedoras e Inovadoras (FUTURE-SE). A assembleia contou com a participação de inúmeros convidados, dentre eles representantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) e também da assessoria de ensino do IFSC.
A palestra ocorreu de forma extremamente dinâmica e objetiva. Foi iniciada com as falas individuais dos representantes e convidados da reunião, e se encerrou em um debate, no qual os estudantes puderam expor seu ponto de vista. Não houve grandes conflitos de opinião, em geral todos concordaram que o projeto Future-se afetará drasticamente o futuro das universidades e institutos federais. Assim, a reunião terminou de maneira bastante harmoniosa.
Segundo site oficial do governo, o Future-se é um projeto lançado pelo Ministério da Educação (MEC) dia 17 de julho deste ano, que tem como objetivo proporcionar uma maior autonomia não só administrativa como também financeira das universidades e institutos federais no Brasil, por meio do incentivo à captação de recursos próprios e do empreendedorismo. O programa, de adesão voluntária, procura um financiamento a partir dos recursos de organizações sociais e instituições financeiras privadas.
Segundo o ministro da Educação, Abraham Weintraub, o objetivo do Future-se é assegurar boas iniciativas da educação superior. Para ele, a palavra-chave é liberdade. “Com o Future-se, haverá mais recurso financeiro, então, aumenta a capacidade deles [universidades e institutos federais] seguirem seu rumo”, afirmou.
Entretanto, os estudantes e funcionários das instituições federais defendem que o projeto Future-se é apenas um meio de controle sobre as atividades acadêmicas, visando exclusivamente obter lucro a partir da educação pública. Os professores afirmam que o programa compromete definitivamente a ciência, tecnologia e inovação acadêmica no país, sendo uma forma extremamente clara de privatização do ensino superior, da pesquisa e extensão pública e escravização das mesmas aos interesses do mercado. Assim, a educação vem a se tornar mercadoria, e as atividades acadêmicas passam a ser mais um meio de lucro da iniciativa privada.
*Foto tirada por Maria Luiza Ditter Gonçalves.
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