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Soneto da Hesitação

  • Mariana Santos
  • 14 de nov. de 2019
  • 1 min de leitura

Soneto da Hesitação

Atiro longe, mas que caia perto

E sem sair do lugar, deixo correr

Sem nada plantar, espero-te colher

O fruto de algo que ainda é incerto

Eu te encontro no dado viciado

Jogo de sorte, teimo em te escolher

Repito apostas que não posso vencer

Pois tu és sempre o número errado

Ah, mas teimo bem mais que margaridas

No teu jogo de bem ou mal me quer

Onde pétalas arrancadas salpicam feridas

Mas, se porventura, um dia o acaso quiser

Meu coração há de ritmar as batidas

E de tudo sufocado, dar-te-ei o que puder.


 
 
 

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